segunda-feira, dezembro 31, 2012

Viagens e seus micos

Viajar tambem e se divertir com as gafes e confusoes. Claro que a nossa viagem nao ia passar em branco. Tivemos ate agora dois grandes momentos especiais: Um em Rothenburg e um em Kassel. Em Rothenburg... frio, chuva, cinco graus que mais pareciam menos 5, vento cortante. Entramos no museu do crime e paramos em um cantinho para nos secar antes de efetivamente entrar na exposicao. Ao nosso lado estava um casal de velhinhos todo emapacotado, embrulhados em uma capa de chuva que mais parecia uma sacola plastica. Ele aparentava 65 anos e ela, em uma cadeira de rodas, apatica a tudo, mais de 80. Ao ver esta cena o Cezio comenta com o Victor: Aqui nao deixam nem os velhinhos morrerem em paz, ja plastificam os pobres coitados e levam pro museu. Continuamos tirando todos os milhares de casacos, cachecois e gorros e conversando bobagens outras, quando ouvimos do cantinho dos velhinhos uma voz "Voces sao brasileiros?". Pois e.. o tal velhinho, com a sua sogra, era de Sao Paulo e estava la a passeio tanto quanto nos. Acho que ele tinha alguma intencao em levar a sogra para o museu do crime. De qualquer forma, toda vez que vamos fazer qualquer comentario, lembramos dos velhinhos plastificados. A segunda foi ontem, em Kassel. Estavamos passeando no Wilhelmshohe park, no castelo onde ha um grande museu de arte. Andando por um dos lados, nos deparamos com uma placa que indicava a entrada da Capela. Como ate agora entramos em todas as capelas e igrejas possiveis, fomos tambem atras desta. Ao chegarmos na porta, alguem por dentro abriu e nos convidou para entrar. Totalmente sem jeito, o Cezio responde em portugues que o Victor estava tirando o casaco. Nao tivemos outro jeito, senao entrar. Quando entramos, a surpresa: um culto na capela. A capela lotada com cerca de 20 pessoas. Sentamos no segundo banco, bem de frente ao pastor. Nao tinha como sair antes do fim. Fingimos que entendiamos toda a pregacao, rimos quando o pastor ria e cantamos com a ajuda do hinario que nos cederam, colando as paginas dos vizinhos(dado que nao entendiamos uma unica palavra que estava sendo dita). No final, cantamos uma musica de natal e o pastor saiu rapidamente pela porta. Uffaa! Mas o mico ainda nao tinha acabado. O pastor estava na porta cumprimentando cada um dos fieis. Nao tivemos outro jeito a nao ser cumprimenta-lo e admitir, em ingles, que nao tinhamos entendido muita coisa, mas que tinhamos gostado do culto. Detalhe que so percebemos que era um culto luterano quase no final, quando vimos o nome do Martinho Lutero no hinario. Ate entao o fato do "padre" ter uma alianca do dedo e estar com uma roupa muito diferente nao tinham feito sentido na nossa cabeca.

Nenhum comentário: