segunda-feira, agosto 13, 2007

O Café no passado, passado no café

Hoje vou escrever sobre um lugarzinho muito especial. Não só pra mim, mas certamente a muitos dos que por lá passam (e se tornam freqüentadores assíduos). Café Passado. Um lugar com gosto de passado, no presente, onde o tempo não passa.
Nas paredes e em todos os cantinhos fulguram várias relíquias - antiguidades que são um dos hobbies do Fernando - que dão o ar de passado ao lugar.
Correndo de um lado para o outro, recepcionando os novos e antigos clientes e fazendo quase todas as vontades gastronômicas dos presentes, vemos (ou quase não vemos) a Thereza.
Para os ouvidos, a melhor seleção de música instrumental escolhida a dedo pelo casal ( ahh.. o Fernando também é músico) que compõe o ambiente acolhedor.
A comida... bem, a comida é um capítulo a parte. Por mais que a maioria chegue por volta das 10 e saia as 13h, acho que é quase impossível comer de tudo. Fico pensando cá com meus botões (enquanto, claro, tomo um chocolate quente recém saído "do forno" trazido pela Thereza) nos coitados dos pãezinhos, que em meio a tantas outras coisas divertidas e deliciosas ficam ali paradinhos, de decoração, esperando a sua vez. Mas eu defenderia e diria: quem daria a vez a um pão francês em meio a tortas salgadas, doces, bolo de chocolate e de morango, cuscuz baiano, uma mesa só de frutas com sucos e iogurte, e a melhor das mesas - a Arlete preparando na hora cuscuz, tapioca, panqueca, waffle, omelete... Você também daria bola pros pãezinhos?
Todas as semanas a Thereza prepara quitutes diferentes "pra não ser sempre a mesma coisa" ela afirma, o que torna ainda mais impossível comer de tudo e não querer voltar para experimentar o resto.
A essa altura, quem está com fome já se pergunta onde é essa maravilha, ou se é tudo mentirinha. Não, não é mentirinha, nem é tão distante assim. Quem nunca ouviu falar, não sabe o que está perdendo ... tudo isso e mais um pouco acontece na própria varanda da casa da Thereza e do Fernando onde eles recebem os famintos aos sábados e domingos pela manhã.
Agora, com licença que a minha tapioca está esfriando.