quarta-feira, abril 25, 2007

Cronópios, Famas e Rayuela

Ultimamente meu hobby de algumas noites tem sido ir a algum café e tomar alguma coisa enquanto leio um livro. Minha intenção era de variar, mas quando a gente acha um muito bom, acaba viciando nele (e não dando chances a outros)... Bom, hoje finalmente saí da inércia e fui ao Rayuela, lugar muito bem falado e até premiado na Veja Brasília.
Quando cheguei ainda haviam poucas mesas ocupadas, com um público variando entre casais, grupos de amigos e alternativos. Fui prontamente recebida por uma mocinha muito educada que fez questão de me mostrar todos os 6 ambientes, todos muito acolhedores: Uma livraria com 4000 títulos, uma sala de estar, um lounge com lojinha de CD (que fazem parte da trilha sonora local, ela fez questão de resaltar), um restaurante, a área externa e uma taberna com adega (onde acontecem shows- tinha um de MPB/samba inclusive neste dia, marcado para 21h).
Causou-lhe estranheza o fato de pedir mesa pra 1. Talvez pelo Rayuela ter sido citado como melhor lugar pra se ir a dois, ou quem sabe não seja muito comum um ser observador pelas redondezas.
Ao sentar-me recebi um cardápio em forma de jornal, com reportagens e tudo. "Pode levar pra casa depois" me disse cortês o garçom. Aliás, se há um ponto que me chamou a atenção (além da seleção musical) foi a cortesia com que os clientes eram recebidos.
Por volta de 21:30 já havia fila de espera por uma mesa (neste momento percebi que os garçons se embananaram um pouco).
Os preços não são lá muito acessíveis, mas nada fora da realidade de Brasília. Todos os pratos recebem nome de obras literárias e, com raras excessões, são tão elaborados que dão água na boca (ou nó na cabeça) só de ler. Uma salada custa por volta de $23 , uma pizza de $14, um sanduíche de $16, refrigerante $3, cerveja $4...
Como a minha intenção era de não gastar muito e tomar um café, pedi empada (nada de excepcional, a não ser pela sacada de ser servida com um molho de azeite com pimenta.. hm) e um capuccino gelado que, talvez por ignorância do meu paladar achei extremamente aguado e sem nada de açúcar, perdendo de longe pra minha referência (certa ou não) do do Martinica.
Fui embora as 23h, mas antes passei na taberna pra ver como estava o show, que ainda não havia começado.
Me prometi voltar outro dia pra experimentar um Rosa do Povo, ou um Macunaíma, um Mrs. Dolloway... talvez com uma boa companhia pra sentar nos pufes do Lounge e bater um longo papo ao som dos Cds da lojinha.
Outras opiniões sobre o Rayuela:
http://www.candango.com.br/aplicacoes/materia/index.cfm?id_area=77&id_conteudo=4451

http://www.guiadasemana.com.br/detail.asp?/Rayuela_Livraria_e_Bistro/NOITE_&_GASTRONOMIA/BRASILIA/&a=1&ID=13&cd_place=18682&cd_city=38