quarta-feira, dezembro 26, 2012
Nos e a cidade fantasma
Como referi no post anterior, a ausencia de pessoas em Rüdeshein era o que realmente veriamos pelo resto do dia.
Chegamos em Mainz ao anoitecer, por volta de 16:30. Cidade grande, calma, bonita, espacosa. O hotel, Advena, muito bom, com estacionamento por perto (apesar de pago, como era Natal, nos foi orientado a nao pagar porque a Polizei nao iria olhar. Ehhh.. Ate aqui na Europa a lei tem seus dias de folga) e a apenas 10 mins de caminhada do centro.
Nos instalamos e fomos buscar algo para comer, conhecer, fazer, naquela noite de Natal. 17:30, noite escura, todas as lojas fechadas, pouquissimas pessoas na rua. Era mesmo uma sensacao de 2 am. Vimos uma loja especializada em Narguile e umas duas lanchonetes de comida oriental abertas. Talvez pela cultura diferente do ano novo.
Descobrimos ser Mainz a cidade de Gutemberg, estavamos no berco da civilizacao escrita! Andando pelas ruas fechadas para carros (coisa que vimos muito pelas cidades que andamos, vimos alguns monumentos e a cupula da Catedral. Um pouco antes da Catedral um unico restaurante aberto dava sinais de existirem vidas na cidade. Como estava cheio, muitos fumantes, cardapio nao muito convidativo, continuamos nosso passeio noturno deserto.
Resolvemos ver se a catedral estava aberta e qual nao foi nossa surpresa quando nos deparamos com a missa do Galo. A Catedral era enorme, mas parecia pequena para os milhares de alemaes empoleirados por bancos, cadeiras, arquibancadas, amontoados em pe... Em cada cantinho da igreja tinha uma televisao com a transmissao do que se passava no altar, tal era a impossibilidade de ver a missa. No ar, cheiro forte e ambiente esfumacado de incenso.
Arranjamos um cantinho e ficamos ali tentando desvendar, pela ordem logica da missa, o que estava se passando. Algumas vezes ainda recitavamos o que deveria ser em portugues. Ouvimos o coro das criancas que cantavam os canticos da missa, rezamos pelos nossos queridos e comungamos. Foi uma experiencia diferente comungar em alemao... a hostia era bem mais dura que a nossa brasileira. Demorou muito mais para se desfazer na boca. Talvez por isso eu tenha visto tanta gente mastigando (coisa que na minha catequese eramos quase jurados de morte se fizessemos). Eu nao fiz.. lembrei do meu professor de religiao dizendo que nao podiamos mastigar o corpo de Cristo. Vai que ele me castiga no dia do aniversario dele. Heresia!
Depois do termino da missa continuamos a nossa peregrinacao por algo para comer. Ja eram 19h.
Perdidos no meio de alguma rua, encontramos uma conveniencia com muitas bebidas, alguns artigos de escritorio e miojo. Estava ai nossa ceia. Nos comunicamos com muitos gestos e palavras ininteligiveis com o senhor muito agradavel que atendia, mas que nao falava uma unica palavra em ingles. No final nos entendemos bem.. ele falando em alemao, nos em portugues/ingles.
Compramos miojo, um pote de pringles, nestea, e saimos de volta para o hotel. Conversando, comendo batatinhas e cantando musicas de natal naquele breu desertico sem fim.
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